Tribunal Europeu quer banir crucifixos das Escolas

 

Queridos irmãos e irmãs, galera amiga do blog da Comunidade Paz & Mel:

Semana passada, agências internacionais noticiaram uma determinação do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, de Estrasburgo, condenando a Itália a pagar cinco mil Euros a uma mãe por não ter o Estado retirado os crucifixos da Escola onde estudavam seus filhos. A mãe, cidadã italiana de origem finlandesa, pedira à Escola que retirasse os crucifixos da Escola. Ante a negativa, recorreu à Justiça Italiana, mas perdeu. Com a derrota, decidiu recorrer ao Tribunal Europeu. A decisão veio esta semana, mas ainda é passível de recurso.

A sentença reflete a mentalidade laicista da sociedade européia atual, não muito diversa da latino-americana. Trata-se com aversão a fé católica, como se a mera colocação de crucifixos pudesse ser, em si mesma, ofensiva, mas não se dá o mesmo tratamento a outras formas de religiosidade. Nesse sentido, o Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, comentou a decisão fazendo justamente um comparativo com as abóboras do "Halloween", amplamente divulgadas e fomentadas nas Escolas. O que se tem é que o símbolo cristão e católico é considerado ofensivo, mas símbolos de feitiçaria e pagãos têm de ser aceitos pelos cristãos.

O Juiz Nicola Lettieri, que defende a Itália no referido Tribunal, disse que iria recorrer e argumentou que a concordata de 1984, que regula as relações entre Igreja e Estado naquele país, reconheceu que princípios do catolicismo são parte do patrimônio histórico e cultural do italiano, que o crucifixo, além do significado religioso, possui também tal significado cultural e que a sentença tentou promover uma separação artificial entre povo e sua herança cultural e espiritual. A Comissão Episcopal Italiana e o Ministério da Educação daquele país também se manifestaram contrariamente à sentença.

Só podemos torcer pela Itália nessa disputa internacional, em que a sadia relação entre Igreja e Estado deve prevalecer sobre a mentalidade laicista. Não se pode deixar também de temer um eventual Estado Europeu, com legislação única, que se sobreporia a dos Estados católicos, impondo a mentalidade laicista, quando não anti-religiosa, vigente. Precisamos rezar e trabalhar...

Comunidade Paz & Mel