Queridos e amados irmãos e irmãs:
Há cerca de um mês, noticiamos a decisão de um Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenando a Itália a retirar cruzes e crucifixos das Escolas públicas. O povo, as autoridades civis e as autoridades eclesiásticas reagiram e se manifestaram. Notadamente, a Itália, irresignada, apelou, e em todas as regiões, os crucifixos em locais se multiplicaram. Crucifixos maiores foram postos a vista para afrontar a decisão que, a bem da verdade, atenta contra a liberdade religiosa.
A Conferência Episcopal da Polônia já havia criticado a sentença da Corte de Estrasburgo que proíbe os crucifixos nas escolas da Itália. Explicou que: "não é um apenas um símbolo sagrado para todo cristão mas também um elemento importante da identidade cultural européia, entre os símbolos de muitos países e organizações".
Agora, o Arcebispo de Barcelona, Cardeal Luíz Martínez Sistach também se opôs a decisão, no mesmo sentido, ressaltando seu sentido cultural, pelo que a sua retirada das escolas: "empobreceria nossa sociedade, que, à diferença do Estado, não é leiga, mas pluralmente religiosa". Mais, explicou que: "A presença da cruz nas salas de aula das escolas é um sinal de fraternidade, de amor e de acolhida. Estamos em um país que tem uma história e uma cultura mais que milenária em que, sempre, a cruz é um de seus principais expoentes". O prelado, com muita propriedade, advertiu da necessidade de não se perder as raízes culturais, abraçando-se sem nenhum juízo tudo o que é novo ou diferente somente por serem novo ou diferente: "a solução drástica -que também lesa muitas outras liberdades pessoais- de suprimir os signos externos das crenças que configuram a identidade de uma sociedade determinada".
Também o Santo Padre, em seu discurso aos Bispos das Regionais Sul 3 e 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), do qual ainda falaremos mais detidamente, ressaltou a importância dos símbolos, da identidade cultural e religiosa nas escolas e outros locais públicos: "uma sadia laicidade da escola não implica na negação da transcendência, nem uma mera neutralidade face àqueles requisitos e valores morais que se encontram na base de uma autêntica formação da pessoa, incluindo a educação religiosa".
Nem há o que acrescentar! Assim, convidamos a todos a rogar a Deus para que os símbolos de nossa fé possam prosseguir a se manifestar na vida pública. No mais, que não caiamos na conversa fiada que a grande mídia e o senso comum nos tentam enfiar goela abaixo de que a fé (no nosso caso a fé católica). Reduzir a fé católica à vida absolutamente privada é matá-la. Não nos deixemos enganar!
Forte abraço,
Manoel Guimarães,
Comunidade Paz & Mel.
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=17702
http://www.acidigital.com/noticia.php?id=17765
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