Refletindo a Epifania do Senhor

Queridos e amados irmãos e irmãs:

Hoje celebramos a última das grandes Solenidades do Tempo do Natal, a Epifania do Senhor. Domingo que vem ainda teremos a celebração do Batismo do Senhor, mas já não possui a hierarquia de Solenidade, tratando-se de Festa.

Tradicionalmente celebrado no dia 06 de janeiro, mas sendo transferido para o Domingo posterior ao da Sagrada Família, a Solenidade da Epifania do Senhor quer manifestar sua glória e realeza. A tradição cristã identifica o dia seis de janeiro como sendo o da chegada dos três reis magos para adorar o Senhor Jesus, ainda na gruta de Belém, já depois de sua apresentação no Templo, que ocorria no oitavo dia, no nosso tempo celebrado juntamente com a Solenidade de Nossa Senhora, Mãe de Deus.

Os reis magos não são nem reis nem magos, ao menos no sentido que hoje comumente se atribui aos termos. Eram sábios estudiosos do Oriente que, verificando os sinais, confirmaram que o Rei dos Judeus que nascia na Palestina era Deus, homem e rei de todos. A vinda dos magos para adorar Jesus significa que o Senhor é Deus de todos os povos e que todos os povos devem vir e adorá-lO, convertendo-se a Ele. Não é apenas de Israel que Jesus é rei, não apenas dos judeus, mas de todo o Universo, conforme celebramos na Solenidade da última semana do Tempo Comum de 2009, data em que estreamos esta seção de "Reflexão", neste blog.

Jesus é rei de todos os povos, rei do Universo. Os presentes apresentados ao Senhor indicam o que Ele é. O incenso o indica como Deus, que merece adoração, a quem se dirigem as orações, que sobem como incenso. O ouro indica que Jesus é Rei e soberano entre os povos, que Ele detem o poder e a majestade. A mirra, por fim, indica que o Senhor Jesus é homem, ser humano de carne e osso, que assumiu nossa humanidade no sexo masculino.

 

A epifania quer dizer "grande manifestação" em outras palavras, é a grande manifestação de o que Jesus é e viria a ser ao mundo. É um sinal para os da sua época e para todas as épocas de que é Deus, homem e rei.

Também nós nos devemos voltar para o presépio de Belém, voltarmo-nos para a gruta, para a manjedoura, para o local de nascimento do Menino Jesus e adorá-lO. Também nós somos convidados a reconhecer que é Deus, portanto merecedor de toda a nossa adoração, de toda a nossa entrega, de toda a nossa vida, de tudo o que temos. Ele nos deu a vida; Ele é também criador do Céu e da Terra; Ele é Deus! Reconhecemos que se fez homem, portanto, que nos ama, que é misericordioso, que quer vir a nós, aproximar-se de nós, demonstrar, evidenciar, escancarar o Seu amor aos nossos olhos, mesmo que para tanto tenha que se submeter as limitações e dores da carne. Reconhecemos que é rei, que tudo Lhe pertence, que nós Lhe pertencemos, que nada temos que não seja Graça e dádiva Sua. Por isso, Lhe retribuímos um pouco do que temos como reconhecimento dessa verdade, de que tudo nos foi dado por Ele.

Assim, a Comunidade Paz & Mel convida a todos a bem viver esta maravilhosa solenidade da Epifania do Senhor.

Forte abraço,

Manoel Guimarães,

Comunidade Paz & Mel.