Queridos e amados amigos que acompanham este blog:
Como se sabe, as organizações mundiais e regionais (de regiões como a América Latina ou a América do Sul) proliferam no nosso tempo. De outro lado, o regime socialista começa a dominar um contingente grande de países na região em que está nosso país. O exemplo mais emblemático, além da velha Cuba, é a Venezuela de Hugo Chávez. No entanto, a Bolívia de Evo Morales, o Equador de Rafael Correa e a Nicarágua de Daniel Ortega vivem momentos semelhantes ao venezuelano, embora sem tanto sucesso, em face de não terem a pujança que a Venezuela sempre teve desde que o mundo depende tanto de Petróleo e aquele país o tem tão abundantemente. Brasil, Argentina, El Salvador, Paraguai e Chile ainda estão logo atrás, na caminhada ao socialismo.
Hoje se está debatendo em Brasília o ingresso ou não da Venezuela no Mercosul. A oposição existente ao fato se dá, evidentemente, pelos muitos atentados à democracia havidos naquele país, como controle do Legislativo e Judiciário pelo Governo, subversão freqüente da ordem constitucional pelas constantes mudanças, abertura à possibilidade de "mandato eterno" do Presidente Chávez, controle da imprensa, inclusive fechando-se praticamente todos os meios que faziam alguma oposição, repressão violenta a manifestações oposicionistas e por aí adiante.
Os países de índole socialista, por sua vez, efetivaram uma organização chamada ALBA (Aliança Bolivariana das Américas), que é uma união de países socialistas da região. Ainda há uma organização de cúpula, clandestina por cerca de 15 anos, mas hoje pública, que monta estratégias para a implantação do Comunismo em todos os países da região, chamado "Foro de São Paulo". Recentemente, formou-se uma organização diferente, bem mais incipiente, que busca partilhar idéias para manter a organização societária e a democracia na região. Chama-se UnoAmérica e, embora não seja proclamadamente católica ou cristã, possui princípios bastante compatíveis com os do Catolicismo e parece buscar um regime de governo para os países da região bem mais aceitável que o socialismo, do ponto de vista da Doutrina Social da Igreja.
Infelizmente, não há como aqui, fazer-se uma exposição doutrinária mais sistemática, mas o Socialismo é necessariamente sempre um passo ao Comunismo, que é sempre completamente incompatível com o cristianismo e a Doutrina Social da Igreja. O socialismo e o comunismo propugnam, entre outros erros, a inexistência de propriedade privada; a absoluta intervenção do Estado na economia e na vida privada das pessoas, de modo a reduzirem-se drasticamente as liberdades individuais; o fim da organização familiar (é o Estado quem deve determinar como se dará a procriação e cuidará integralmente da educação das crianças e jovens); impossibilidade de oposição (a realização do comunismo se dá sempre pelo que Marx e o Manifesto Comunista chamavam de "Ditadura do Proletariado"); a substituição da idéia cristã de Justiça de dar a cada um o que é seu, completada pela regra de ouro da caridade por um igualitarismo em que todos devem ter igualdade em tudo (embora todos os regimes comunistas da história tenham conhecido grandes distorções sociais), dentre outros.
Tudo isso atenta gravemente contra a Verdade e a Caridade cristãs, de modo que atenta contra o cristianismo mesmo. O Comunismo (e o Socialismo) é originalmente ateu e, embora haja tentativas de se o compatibilizar com a crença em Deus (inclusive uma tentativa de o compatibilizar com a fé católica, através da heresia chamada de Teologia da Libertação, já condenada pela Santa Sé, através do Cardeal Joseph Ratzinger – hoje Bento XVI, então Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé – e pelo Papa João Paulo II, nos anos 80), o Comunismo e o Socialismo caem sempre no mínimo em um materialismo prático, dado que desconsideram por completo qualquer realidade espiritual, bem como por ser todo o pensamento marxista de prevalência da dimensão econômica sobre qualquer outra que possa existir (inclusive a religiosa, espiritual ou transcendente), até o ponto de praticamente sufocar todas as outras. A própria Teologia da Libertação, entre outros erros, caiu violentamente no relativismo moral, negando equivocadamente a existência de uma moral universal e imutável, e no indiferentismo religioso, saindo quase automaticamente para fora da fé cristã, proclamando que todas as religiões são igualmente boas e levam a Deus.
Bem como se disse a UnoAmérica vem se apresentando como uma alternativa compatível com a fé cristã. Segue sua mais recente declaração. Vale a pena visitar o endereço eletrônico: http://www.unoamerica.org/unoPAG/principal.php
Forte abraço,
Manoel Guimarães,
Comunidade Paz & Mel.
"Cúpula da UnoAmérica - Declaração Final
| 25 Novembro 2009
Internacional - América Latina
Também repudiamos os vínculos existentes entre o Socialismo do Século XXI e o fundamentalismo islâmico - e muito particularmente com o governo de Ahmadinejad - que está se estendendo perigosamente por toda a nossa região, impulsionando ideologias e costumes contrários à nossa identidade ibero-americana.
Reunidos na Quinta de San Pedro Alejandrino, em Santa Marta, Colômbia, por motivo da Cúpula Anual da União de Organizações Democráticas da América - UnoAmérica - emitimos a seguinte Declaração:
1. Expressamos nossa plena satisfação pelo cumprimento dos objetivos traçados e pelos resultados obtidos durante o ano de 2009, os quais serviram para fortalecer a democracia na região e para defender o continente das graves ameaças que o perseguem. O êxito indubitável de UnoAmérica se manifesta no crescimento quantitativo de nossa organização que, tendo sido fundada originalmente por 30 ONGs, hoje agrupa mais de 200 ONGs provenientes da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, El Salvador, Honduras, Peru, Uruguai e Venezuela.
2. Agradecemos o importante reconhecimento internacional que UnoAmérica recebeu, como justa recompensa pelo trabalho desenvolvido em prol dos direitos humanos, das liberdades e dos valores democráticos na América Latina.
3. Reafirmamos nosso compromisso de servir de vaso comunicante entre as lideranças democráticas da América, para defender de comum acordo a liberdade e a justiça frente a um adversário internacional, agrupado em torno ao Foro de São Paulo, que promove uma nova forma de escravidão dentro dos parâmetros do Socialismo do Século XXI.
4. Fazemos um especial reconhecimento ao povo hondurenho, pela maneira firme e valente como defendeu sua democracia frente ao assalto dos governos da ALBA, para modificar sua Constituição e estabelecer nesse país uma ditadura socialista. Reconhecemos as eleições em Honduras e nos comprometemos a atuar como observadores internacionais no processo eleitoral do próximo dia 29 de novembro.
5. Condenamos da maneira mais firme e categórica os chamados à guerra que faz o Sr. Hugo Chávez Frias, para confrontar povos irmãos como o são a Colômbia e a Venezuela, e fazemos um chamado às lideranças democráticas da região para impedir que o governo venezuelano continue desestabilizando o continente com sua carreira armamentista e sua atitude belicista.
6. Reafirmamos o compromisso adquirido por UnoAmérica de defender os milhares de presos políticos existentes na América Latina, vítimas do Foro de São Paulo, dentre os quais se destacam: o Senhor Coronel Horacio Losito, herói da guerra das Malvinas na Argentina; o Senhor Tenente-Coronel Nino Gavazzo, da República Oriental do Uruguai; o Senhor Leopoldo Fernández, Governador de Pando na Bolívia; o Senhor Delegado Iván Simonovis, que tentou impedir o massacre de 11 de abril de 2002 na Venezuela; o Senhor Coronel Luis Alfonso Plazas Vega, herói da recuperação do Palácio da Justiça e da democracia, nos fatos ocorridos em 6 e 7 de novembro de 1985, quando o grupo narco-terrorista M-19 atacou o Palácio da Justiça atentando contra as instituições e a vida de muitos colombianos.
7. Da mesma maneira, nos comprometemos a defender as liberdades de expressão e de imprensa, seriamente ameaçadas em diversos países latino-americanos, especialmente na Argentina e na Venezuela.
8. Rechaçamos a ausência de garantias e a falta de transparência nas eleições que se levarão a cabo no próximo dia 6 de dezembro de 2009 na Bolívia, e alertamos à comunidade internacional sobre a iminente e massiva fraude eleitoral.
9. Repudiamos a aliança que existe entre o castro-chavismo, o Foro de São Paulo e o narco-terrorismo colombiano, que continuamente desestabiliza a convivência pacífica entre os povos, gerando ódios, pobreza, desigualdade e injustiça social.
10. Também repudiamos os vínculos existentes entre o Socialismo do Século XXI e o fundamentalismo islâmico - e muito particularmente com o governo de Ahmadinejad - que está se estendendo perigosamente por toda a nossa região, impulsionando ideologias e costumes contrários à nossa identidade ibero-americana.
11. E, finalmente, nos comprometemos a resgatar a memória de Simón Bolívar do seqüestro ideológico do qual tem sido objeto por parte do Sr. Hugo Chávez e dos mal chamados "movimentos bolivarianos", dentre eles as FARC. O socialismo marxista é, sem dúvida, a antítese do projeto integracionista do Libertador. UnoAmérica também se compromete a promover a unidade entre os povos latino-americanos para alcançar o verdadeiro sonho bolivariano da Pátria Grande.
Quinta de San Pedro Alejandrino, Santa Marta, Colômbia, aos 24 de novembro de 2009"
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