Amigos nossos, deste blog:
Há fatos que parecem meramente afetos à política, mas que possuem um inegável envolvimento moral, de modo que este blog não pode deixar de comentar.
O Presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, está vindo ao Brasil em visita oficial na próxima segunda-feira, 23 de novembro, a convite do Presidente brasileiro. O Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, enviou um pedido ao Congresso Nacional para que ele visite as duas casas do Legislativo Federal.
O convite de nosso Presidente e o pedido de visita ao Congresso são dois verdadeiros absurdos. Ahmadinejad nega o Holocausto, em que foram mortos simplesmente seis milhões de judeus. O próprio Santo Padre e a Santa Sé já declararam e reiteram inúmeras vezes o horror que foi o Holocausto. Quando visitou o terrível campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, rezou pelas vítimas do Holocausto. Foi lá que disse: "Onde estava Deus nesses dias? Por que se calou?", não porque tivesse dúvidas a respeito, como quis a mídia, mas demonstrando sua perplexidade diante da atrocidade.
Em segundo lugar, há o fato de que o Irã e seu Presidente financiam grupos terroristas da pior espécie possível, como o Hezbollah, no Líbano e o Hamás, nos territórios palestinos. Aqui, é fundamental que se diga que não são movimentos de manifestações lícitas de um povo oprimido, como querem alguns, mas terroristas, isto é, movimentos organizados cujo objetivo é colocado acima dos meios, admitindo qualquer custo, ainda que o homicídio de milhares de pessoas. Nenhum movimento que admita como meio para chegar a seu objetivo é lícito da perspectiva cristã. O Papa João Paulo II dizia enfaticamente que não se mata em nome de Deus.
Ainda é preciso que se diga que o Irã vive sob um regime totalitário, onde não há verdadeira democracia. O poder de Ahmadinejad é supremo, controlando demasiado a vida do povo. O regime não admite oposição. As últimas eleições foram fraudadas, como noticiou amplamente a mídia e as repressões foram fortíssimas, típicas de um governo que não admite a discordância. Para piorar, está se preparando para possuir a bomba atômica. É de se temer o futuro que tal situação reserva à humanidade.
Fundamentalista islâmico, o governo iraniano promove também severa perseguição religiosa, tanto a judeus como a cristãos. Também a liberdade religiosa é muito cara à Santa Sé, não se podendo negar que sua vedação é grave atentado contra a dignidade humana.
Nas eleições que mesmo o Conselho da Revolução Islâmica considerou fraudadas, o Presidente Lula nada viu de mal. Já chamou Ahmadibejad de "um irmão". É fortemente condenável que o Governo Federal se queira fazer tão amigo de um regime assim. Piora ainda se compararmos com a única democracia do Oriente Médio, Israel, onde nunca Lula esteve, e para quem não possui nenhuma palavra elogiosa.
O convite e a visita do ditador são uma ofensa aos cristãos e judeus deste país, bem como a todos que possuem apreço pela liberdade religiosa, pelo ideal democrático e pela paz verdadeira. Evidentemente que a visita tem gerado inúmeros protestos, entre eles de cristãos engajados nesses ideais de liberdade, democracia e paz. Pedimos ao Senhor Deus que abençoe nosso país e permita que o Brasil não se aliancie nunca com regimes como o iraniano, muito menos se torne um.
Forte abraço a todos, permaneçam na paz!
Manoel Guimarães,
Comunidade Paz & Mel.
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