Paz e Mel

Paz e Mel

Vida vence em seminário de Comissão da Câmara dos Deputados

 

Queridos e amados irmãos e irmãs:

 

Boa notícia! Nesta última quinta-feira, 03 de dezembro, membros da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, participou de um seminário, acerca da atitude para com doentes graves, situação em que se aventa aprovar a eutanásia no Brasil. Hoje, a eutanásia é proibida tanto pelo Código Penal quanto pelo código de ética dos médicos. A conclusão dos técnicos foi no sentido, não de se usarem métodos externos para antecipar a morte, mas sim dar melhor atenção a tais pacientes, com cuidados paliativos.

 

O diretor de Comunicação da Associação Médica Brasileira (AMB), Elias Fernando Miziara, recomendou aos parlamentares que estudem a criação dos chamados hóspices, em referência aos antigos hospices medievais - instituições monásticas que davam assistência e hospedagem a monges e peregrinos que rumavam a lugares santos. Veja-se que bela referência a uma instituição caritativa, típica da Idade Média, sendo devidamente valorizada. Em suas palavras exatas: "O que fazer com os enfermos abandonados pelas famílias, sobrecarregando os leitos dos SUS (Sistema Único de Saúde) que poderiam estar ocupados por pessoas que têm chance de recuperação? Vamos estudar mecanismos de dar atenção a essas pessoas, que sofrem com a dor social provocada pelo abandono".

 

Trata-se de uma sugestão extremamente lúcida. Não se deve "antecipar a morte" dos doentes, mas cuidar deles para que sofram menos. Consolá-los. Ajudá-los a ter esperança. Assim agem os cristãos, para quem esta vida tem muito menos valor do que a eternidade, em que Cristo será tudo em todos e nossa felicidade será plena. Este país é cristão. Mais de 90% da população professa a fé cristã. Portanto, deve o Estado, o Governo, apresentar soluções cristãs aos problemas. Diferentemente do que querem os laicistas, que, a pretexto de garantirem a separação entre religiões e Estado, querem mesmo é a promoção de um Estado ateísta (que também é uma opção religiosa, ou seja, querem os laicistas privilegiar a opção atéia em detrimento da crente, especialmente da cristã).

 

A frase do médico expõe outro problema brasileiro importantíssimo, que seria superado se o país vivesse devidamente o catolicismo: trata-se do abandono pelas famílias dos seus doentes. Veja-se que mesmo a criação dos tais centros de inspiração medieval, embora boa e importante dada a situação, não é o ideal, que seria as famílias se responsabilizarem por seus doentes, de forma cristã e caridosa. Infelizmente, a família brasileira está destruída pela chaga do divórcio, pela promoção das uniões civis sem casamento formal, da promiscuidade, tudo através de ampla influência midiática e, agora, pela promoção da união homossexual. Famílias desestabilizadas, longe da estrutura, do pensamento e da vivência cristã, tendem a não conseguir – e as vezes a nem querer – cuidar de seus idosos e doentes. Fica o alerta!

 

De volta à discussão objeto deste post, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também se fez bem presente no evento, e seu representante, o médico Rodolfo Acatauassú Nunes sugeriu a criação de centros com formação de recursos humanos para atendimento em criar unidades onde seja oferecido tratamento multidisciplinar por profissionais especializados. As sugestões foram boas e convergiram. É de se ressaltar, porém, no sentido do parágrafo anterior, que sempre quando o Estado assume uma função que deveria ser da família, vemos uma demonstração da imaturidade da sociedade, que, pelo princípio de Doutrina Social da Igreja da subsidiariedade, deveria resolver os problemas antes de o Estado ter que intervir.

 

O deputado Dr. Talmir (PV-SP) havia apresentado no dia anterior, o Projeto de Lei 6544/09, que quer regulamentar o atendimento a pacientes terminais. O objetivo da proposta é garantir a dignidade da pessoa, aliviando a dor e o sofrimento e, sempre que possível, preservando sua lucidez e o convívio com a família e os amigos. Em suas palavras: "O Brasil está bastante atrasado, mas tem capacidade, sim, de implantar centros de cuidados paliativos. Temos condições de assegurar dinheiro para o SUS para garantir o direito à saúde e a esses centros".

 

Rodolfo Nunes ainda ponderou que: "O médico deve guardar absoluto respeito pela vida humana. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral". E o representante do Conselho Nacional dos Pastores do Brasil no seminário, Abner de Cássio Ferreira, destacou, com brilhantismo que: "A Medicina não é perfeita. O que os médicos aceitam hoje como perfeição pode ser condenado pelos médicos de amanhã. O Estado brasileiro tem o dever de proteger a vida humana a todo custo".

 

Também estiveram presentes ao seminário o advogado Aleksandro Clemente, coordenador da Comissão de Bioética e Defesa da Vida da Diocese de São Miguel Paulista, e o padre José Schwind, que em 1988 sofrera um acidente e correu risco de morte.

 

Só podemos louvar ao Senhor pela conclusão do seminário, parabenizando ao Deputado Dr. Talmir pelo projeto, à CNBB, à AMB e ao Conselho de Pastores do Brasil pelas posições tomadas, rogando ao Senhor que permita que a vida prossiga sendo defendida pela legislação e pelo Estado brasileiro.

 

Quanto a nós, irmãos, devemos permanecer atentos!

 

Forte abraço!

 

Manoel Guimarães,

Comunidade Paz & Mel

 

Fonte:

 

http://www2.camara.gov.br/comissoes/clp/noticia/2009/cnbb-e-amb-defendem-criacao-de-centros-para

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.