E aí, pessoal, queridos leitores do nosso blog:
A Igreja, como se sabe, é feita de homens, pessoas de carne e sangue que podem errar, embora tenha sido criada ela mesma perfeita pelo Seu fundador, o Senhor Jesus Cristo. No entanto, no mundo atual, muitos setores que possuem interesse em ver a Igreja Católica desmoralizada, exageram equívocos de seus filhos, ou inventam mesmo mentiras para a atacar. Muitos outros, sem saber, reverberam o erro e propagam injustas acusações contra a Igreja. Nesse sentido, uma das grande mentiras propagadas no nosso tempo é a de que o Papa Pio XII tenha sido omisso em relação ao holocausto ou mesmo de qualquer forma conivente com ele ou pior, que tenha sido omisso em relação ao próprio nazismo.
O holocausto foi o grande massacre de judeus promovido pelo nazismo na época da II Guerra Mundial. O nazismo, por sua vez, foi o regime totalitário que tinha a sua própria visão integral de ser humano e regeu a Alemanha especialmente entre a metade das décadas de 30 e 40 do Século XX, sob o governo de Adolf Hitler. O nazismo acreditava que havia uma raça de seres humanos superiores aos demais, por destinação nobre divina, que seria a raça ariana dos germânicos. Por isso mesmo deveria dominar os outros povos. Estava destinada por Deus a isso. Os povos inferiores deveriam servir e ser governados pelos arianos, que trariam paz e ordem. O uso da força e da violência seria justo e necessário. O domínio e a exploração dos fracos pelos fortes não apenas seria justo como um dever destes. Os judeus seriam um povo intrinsecamente mau, responsável por inúmeros males da época.
Como regime totalitário que era, o nazismo dominava inteiramente todos os aspectos da vida dos alemães. Controlava Hitler e o governo alemão todo o ensino nas escolas, toda a imprensa, toda a formação de opinião e se utilizava desses para a propagação da filosofia nazista. O povo sofrido pela I Guerra Mundial, pela derrota e pelas pesadas sanções que os países vencedores lhes impuseram e a conseqüente grave crise econômica estava especialmente vulnerável à ideologia nazista e a ela aderiu em massa. Hitler condenava e mandava queimar todos os livros que apresentasse idéias divergentes das suas. São famosas as grandes fogueiras de livros que o governo fazia. Intelectuais eram considerados perigosos. Eram controlados ou mortos. Nenhuma cultura que não a nazista deveria viver.
Bem, como se sabe, o regime nazista alemão foi aliado do regime facista italiano, que vigeu mais ou menos na mesma época, totalitário como o nazista, mas menos radical e talvez menos desumano que aquele. O Estado do Vaticano é como que uma pequena ilha, cercada de Itália por todos os lados. Trata-se de um pequeno pedaço de terreno incrustado na cidade de Roma. Evidentemente que Pio XII não declarou guerra a Mussolini, o ditador facista. Teria sido insanidade. Também, por óbvio, não fez uma condenação mais veemente, que pudesse lhe tirar completamente a liberdade, que usou para fazer o bem.
Sim, essa é a verdade. Se Pio XII tivesse dito uma conduta mais radical, com facilidade os exércitos facistas teriam invadido o Vaticano e prendido o Papa. Possivelmente teriam ingressado na biblioteca vaticana e no arquivo e destruído os preciosíssimos documentos que há ali. Tais documentos têm sido abertos a estudiosos e entre eles se têm encontrado cartas e comprovações de ajudas concretas do Santo Padre Pio XII a judeus, tanto para fugirem concretamente da perseguição, quanto fazendo condenações menores, mas claras, aos erros nazistas. Ajudas financeiras, envio de documentos, pedido de agenciamento de transporte, ajuda em gêneros e de várias outras espécies foram promovidas por Pio XII. Pode-se dizer tranqüilamente que ele se arriscou a si mesmo e à posição de toda a Igreja com os auxílios promovidos em favor dos judeus, embora com certeza não tenha tomado nenhuma atitude escandalosa ou temerária.
Tanto o Papa Pio XII trabalhou pela salvação de muitos judeus que, logo após a II Guerra Mundial, vários judeus reconhecidos lhe enviaram cartas de agradecimento e reconhecimento por seus esforços, dentre eles ninguém menos que o físico alemão, então já radicado nos EUA, Albert Einstein, pai da física moderna e autor da Teoria da Relatividade.
O Servo de Deus João Paulo II, durante seu pontificado, e agora Sua Santidade Bento XVI têm feito muita questão do andamento do processo de canonização de Pio XII, que já possui o título de "Servo de Deus". De quando em quando um e outro jornalista e estudioso dá uma nova declaração esclarecendo a verdade de que Pio XII realmente auxiliou os judeus e em nada foi conivente com o nazismo, mas tais fatos raramente chegam à Grande Mídia. Este blog os noticiará quando surgirem, a fim de que todos possamos melhor ser esclarecidos e formados quanto a essa questão.
Aguardemos, então, novos posts acerca desse assunto.
Forte abraço,
Manoel Guimarães,
Comunidade Paz & Mel
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